Para Willian Nozaki, diretor do Ineep, Adriano Pires, que defende a privatização da Petrobras, deve manter a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que levou à explosão dos preços dos combustíveis nos últimos anos. Substituto de Silva e Luna defende “bônus” para o setor privado e “ônus” para o Poder Público.
O governo Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (28) o economista Adriano Pires para suceder o general Joaquim Silva e Luna no comando da Petrobras. Além de Pires, o Ministério de Minas e Energia também anunciou o nome de Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, para comandar o Conselho da Estatal. A assembleia geral ordinária da Petrobras ainda precisa aprovar essas mudanças em reunião marcada para o próximo dia 13. No entanto, naquilo que realmente importa para o povo brasileiro, a escalada dos preços dos combustíveis, pouca coisa deve mudar.
O diretor-técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), William Nozaki, lembra que Pires tem longa trajetória como lobista de empresas do setor de óleo e gás. Em função disso, ele aposta que o futuro presidente da Petrobras deva ser “mais pragmático do que ideológico”. Ainda assim, acredita que ele deve manter a política de Preço de Paridade Internacional (PPI).
” O PPI tem sido um cemitério de presidentes da Petrobras. Problemas relacionados aos preços já derrubaram Pedro Parente, Roberto Castelo Branco e agora, Joaquim Silva e Luna”, disse Nozaki. “Mas, ao que tudo indica, o PPI deve ser mantido”, acrescentou.
Silva e Luna chegou ao comando da Petrobras em abril do ano passado. Desde então, o preço médio nacional do litro da gasolina nos postos saltou de R$ 5,441 para R$ 7,21, aumento de 32,5%, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Com alta ainda maior, de 56,1%, o diesel saltou de R$ 4,204 para R$ 6,564, nesse período. (Fonte : Rede Brasil atual).