Imagine que você trabalha em uma empresa com 22 pessoas e oito delas se infectem com o novo coronavírus. Foi exatamente o que aconteceu em uma agência da Caixa Econômica localizada em Caucaia, uma das nove a atender o município de 360 mil habitantes. Já em Fortaleza, uma agência do Banco do Brasil, localizada na avenida Bezerra de Menezes, registrou cinco casos de Covid-19 entre seus 19 funcionários.
Os dois surtos foram registrados ao longo dos últimos sete dias e reacendeu a preocupação da categoria, que presta serviço considerado essencial à população durante a pandemia. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo, os focos de contágio coincidem com o aumento de casos registrados no Estado e no País em 2021, mas têm como agravante o fato de os bancos serem, naturalmente, pontos passíveis de gerar aglomerações. Esse temor se agrava com a iminência do retorno dos pagamentos de algum tipo de auxílio emergencial, em análise no Congresso Nacional. Carlos Eduardo estima que até 15 milhões de pessoas devem procurar agências bancárias em todo o País, somente na primeira semana de um provável retorno do auxílio-emergencial. Ele acrescenta que “ao resguardar os bancários, vigilantes e as pessoas que trabalham dentro do ambiente bancário, a gente também venha resguardar as pessoas que têm a necessidade e precisam se deslocar para receber um auxílio emergencial ou de fazer um pagamento e não se contaminar nesse processo, nem contaminar outras pessoas”. Fonte: O Povo