A síndrome do esgotamento profissional – ou síndrome de Burnout – é um distúrbio psíquico atrelado diretamente ao trabalho que, segundo pesquisas da International Stress Management Association (ISMA), já afeta 30% dos trabalhadores brasileiros, o que representa cerca de 28 milhões de pessoas.
Ainda que essa doença seja ampla e atinja diferentes setores do mercado, a área de TI tem sido uma na qual o impacto é ainda mais forte. Pesquisas mostram que os índices da síndrome de Burnout entre os profissionais de TI aumentaram consideravelmente.
Um levantamento da Digital Ocean, realizado em 2019, indicou que 82% dos desenvolvedores dos EUA registraram algum desgaste relacionado à síndrome de Burnout.
Por que a área de TI é uma das mais afetadas?
Com a pandemia, muitas empresas precisaram criar e disponibilizar, em tempo recorde, soluções que possibilitasse a continuidade de seu negócio durante o isolamento social, como os canais digitais para interação remota. Além disso, o home office tornou-se uma necessidade do dia para a noite, e muitas empresas não oferecem infraestrutura adequada para essa adaptação.
Dessa forma, os profissionais de TI passaram a sofrer uma pressão ainda maior com prazos de entregas urgentes, a fim de dar conta de todas essas necessidades emergenciais. Em paralelo, o estresse interpessoal, emocional e/ou físico passou a ser mais frequente entre as pessoas, tornando a síndrome de Burnout cada vez mais conhecida.
Isso acontece especificamente na área, pois ela possui relação direta com as novas tendências de mercado, transformações digitais e evoluções tecnológicas, um dos cenários mais afetados pelo estresse.
Recentemente, uma pesquisa da AppDynamics, realizada com pessoas que trabalham com de TI, mostra que:
– 81% sentem maior frustração com o trabalho;
– 63% aumentaram os conflitos com os colegas;
– 84% têm dificuldade de se desligar do trabalho na sua rotina.
Quais são os principais sintomas da síndrome de Burnout?
Essa doença está diretamente atrelada ao trabalho, pois todos os seus sintomas estão relacionados ao estresse gerado pela sobrecarga de atividades.
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas são:
– Exaustão;
– Cansaço excessivo, físico e mental;
– Dores de cabeça frequentes e repentinas;
– Alterações no apetite;
– Alterações no sono;
– Dificuldades de concentração;
– Pensamentos negativos;
– Sensação de insatisfação.
Esses sintomas se manifestam através de uma jornada de trabalho muito longa e cansativa, acúmulo de funções complicadas para um único cargo, necessidade de fazer horas extras ou até mesmo nos regimes de trabalho remoto, dedicar muito mais horas diárias ao trabalho do que o recomendado, a fim de dar conta da quantidade de tarefas e prazos apertados.
Fonte: RunTalent
Notícias: FEEB-SC