Neste mês foi concluído o estudo dos quatro dias de trabalho realizado no Brasil. O teste piloto contou com 21 empresas que decidiram testar o regime de trabalho com um dia a menos na semana durante seis meses. A pesquisa foi conduzida pela 4 Day Week Brazil em parceria com diversas organizações e pesquisadores, incluindo a Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp).
O objetivo das empresas que aceitaram participar do teste no Brasil é melhorar o bem-estar dos funcionários e aumentar a produtividade das companhias. Utilizando o modelo 100-80-100™ da 4 Day Week Global (100% do salário, 80% da carga horária e 100% da produtividade), o piloto envolveu 290 funcionários – sendo que 19 empresas completaram a implementação.
“Acredito que essas empresas estão dando um passo importantíssimo para revolucionar o mundo do trabalho, possibilitando mudanças na forma de trabalhar, se tornando mais produtivas e saudáveis”, afirma Renata Rivetti, fundadora da Reconnect, empresa que trouxe o piloto da semana de quatro dias para o Brasil.
A fase de preparação ocorreu entre setembro e dezembro de 2023, com masterclasses e sessões de esclarecimento.
A implementação prática foi de janeiro a junho de 2024, com acompanhamento contínuo e sessões de apoio. Pesquisas quantitativas e qualitativas foram realizadas antes, durante e após o piloto para avaliar os impactos.
Os resultados indicam melhorias significativas em várias áreas:
O estudo continuará com monitoramento a longo prazo e a expansão do piloto para incluir mais empresas. Um novo piloto de seis meses está previsto para começar em 2025, com o objetivo de fortalecer a compreensão sobre a implementação da semana de quatro dias em diferentes contextos organizacionais.
“Está na hora de assumirmos que essa sociedade que não tem mais tempo para nada não é produtiva e está caminhando para o esgotamento. A semana de quatro dias traz mais produtividade, sustentabilidade humana e qualidade de vida”, diz Rivetti. (Fonte: Exame).