Para garantir crédito subsidiado para empresas, produtores rurais e pessoas afetadas pelas chuvas nos últimos dois meses em Santa Catarina, o setor financeiro do Estado faz esforço conjunto. Nesta quarta-feira, a diretoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) se reuniu com representantes do Badesc, Caixa e Banco do Brasil. Também fez reunião com líderes de cooperativas de crédito para que também operem o Pronampe Emergencial.
– A missão dada pelo governador Jorginho Mello é que busquemos um alinhamento entre as instituições financeiras neste momento. Em alguns casos atuamos atendendo públicos distintos, mas queremos ampliar essa sinergia para que possamos fazer chegar essa ajuda o mais rápido possível – destacou o presidente do BRDE, João Paulo Kleinübing.
O Banco do Brasil foi representado pelo superintendente em SC, Rafael Alessi; a Caixa, pelo superintendente Rodrigo Medeiros, e o Badesc pelo presidente Ari Rabaiolli.
Os líderes das instituições falaram sobre a importância de dar continuidade aos programas de crédito já existentes e viabilizar novas alternativas. Isso porque, como nunca na história do Estado, 209 municípios foram afetados por chuvas, 195 decretaram situação de emergência e 14 decretaram estado de calamidade pública.
Segundo Kleinübing, o BRDE iniciou ainda em outubro a repactuação (postergação) de empréstimos em andamento de empresas e propriedades rurais afetas pelas águas. E para as prefeituras fazerem prevenção a desastres naturais, a instituição conta com o programa Sul Resiliente, com recursos do Banco Mundial (Bird).
Além disso, o BRDE também iniciou planejamento para as operações com a linha de crédito especial do governo do Estado, o Pronampe Emergencial.
De acordo com o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Mauro Mariani, a prioridade é garantir apoio aos que foram atingidos pelas chuvas, numa atuação integrada com as medidas do governo estadual.
BRDE e cooperativas vão operar o Pronampe Emergencial
Esse trabalho conjunto de instituições financeiras tem como um dos focos o Pronampe Emergencial, que terá linha de R$ 150 milhões no BRDE. Falta apenas a publicação do decreto sobre o programa.
Conforme o banco, esses recursos serão para micro e pequenas empresas situadas em municípios que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública, ambas decisões com reconhecimento da Defesa Civil do Estado.
As cooperativas serão parceiras na concessão de empréstimos para empresas atingidas. A maioria das cooperativas aderiu e outras estão aderindo, por isso, por enquanto, não está sendo divulgado os nomes das que atuarão com a linha.
Empresas poderão usar crédito para capital de giro de todos os setores econômicos afetados pelas águas. Esses recursos estarão disponíveis logo após a publicação de decreto pelo governo do Estado.
Apesar da espera pelo decreto com os detalhes da linha de crédito, o governo do Estado já anunciou que cada empresa poderá tomar emprestado até R$ 150 mil. As condições serão favoráveis para dar um fôlego às empresas. Os juros serão com base na taxa Selic mais 6% ao ano, mas o governo do Estado vai pagar 50% do juro e correção. O empresário terá prazo de 48 meses para pagar, nesse período, tem carência de 12 meses. (Fonte: NSC – Feeb SC).