O governo de Santa Catarina estima prejuízo de até R$ 36,8 milhões por dia nos setores de suínos e aves por conta dos bloqueios de estradas e rodovias feitos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). O estado lidera na quantidade de vias total ou parcialmente interditadas, com 36 ocorrências, segundo última atualização da Polícia Rodoviária Federal.
Nas eleições do último domingo (30), Santa Catarina foi proporcionalmente o quarto estado que mais votou em Bolsonaro. Lá, o presidente teve 69,3% dos votos válidos, contra 30,7% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Brasil todo, Lula chegou a 50,9% e Bolsonaro, 49,1%.
Maior produtor de suínos. Santa Catarina é o maior produtor e exportador de carne suína do Brasil. Em 2021, o estado foi responsável por 53,4% das receitas — ou US$ 1,32 bilhão (cerca de R$ 6,8 bilhões) — com a venda do produto ao exterior, tendo exportado carne suína para 70 países, de acordo com dados do Ministério da Economia.
De janeiro a setembro de 2022, a participação do estado nas vendas do Brasil ao exterior foi ainda maior, de 56,2%, com ganhos de US$ 973 milhões (R$ 5 bilhões).
A cadeia catarinense de suinocultura abate 40 mil animais por dia, segundo o governo do estado. Cada dia parado corresponde a um prejuízo de R$ 26,8 milhões para o setor.
Frango para 129 países. Santa Catarina também é o segundo maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, respondendo por 22,9% das receitas — US$ 1,59 bilhão (R$ 8,2 bilhões) — com o produto em 2021, de acordo com o Ministério da Economia. No ano passado, a carne de frango catarinense foi exportada para 129 países.
De janeiro a setembro de 2022, o estado respondeu por 21,3% das vendas de frango do Brasil ao exterior. O estado perde apenas para o Paraná, maior produtor e exportador do país.
Em Santa Catarina, são abatidas 2,3 milhões de aves por dia. Nesta cadeia, o prejuízo por dia parado é de R$ 10 milhões.
“Em situações de represamento de suínos e aves a campo, os animais terão que ser sacrificados na propriedade, trazendo possíveis prejuízos ao meio ambiente, à saúde pública, à sanidade e ao bem-estar animal”, explicou o governo do estado, em nota.
Fonte: UOL
Notícias: FEEB-SC