Um trabalho conjunto entre duas plataformas de mídia e três ONGs resultou em um relatório, divulgado na segunda-feira (28), que acusa vários bancos franceses de financiar gigantes do agronegócio que atuam no Brasil, desrespeitando seus engajamentos ambientais e financiando o desmatamento da Amazônia e do Cerrado.
A destruição da floresta amazônica bateu todos os recordes em 2022, com cerca de 9,5 mil km² de mata devastados. No Cerrado, a destruição registrou um aumento de mais de 28% nos sete primeiros meses deste ano, segundo dados divulgados em agosto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em comparação com o mesmo período em 2021. Na maior parte dos casos, a devastação desses que são dois dos maiores biomas brasileiros ocorre em virtude da agricultura intensiva, destinada ao cultivo da soja, do óleo de palma e à criação de gado.
ma investigação realizada pelas plataformas de informação Disclose e Repórter Brasil, em parceria com as ONGs Sherpa, Harvest e Center Climate Crime Analysis apontou que essa catástrofe ambiental é apoiada por quatro bancos franceses há quase dez anos: BNP Paribas, o grupo Banque Populaire et Caisse d’Épargne (BPCPE), Société Générale e Crédit Agricole. A reportagem apurou que essas quatro instituições financiaram empresas ligadas ao desmatamento da Amazônia e do Cerrado com mais de € 743 milhões (quase R$ 4,2 bilhões) entre 2013 e 2022. (Fonte: Brasil 247).