A crise causada pela pandemia no ano passado não abalou em nada o rendimento do setor financeiro. Somente em 2020, o Itaú registrou lucro líquido recorrente de R$ 18,536 bilhões. No quarto trimestre do ano passado, a lucratividade da empresa alcançou R$ 5,388 bilhões.
No entanto, o montante poderia ser ainda maior, se não tivesse sido mascarado pelas provisões para a perda no crédito. O chamado custo do crédito do Itaú avançou 66,4% em relação a 2019. Na prática, corresponde a R$ 30,2 bilhões para os cofres que não foram incluídos na soma do lucro, mesma manobra utilizada ao longo de 2020.
Mesmo com a reserva, a direção da empresa continuou demitindo os funcionários em plena pandemia de Covid-19. Desligou mais de 600 bancários no ano passado, aumentando a quantidade de desempregados no Brasil. Enquanto isso, a sobrecarga de trabalho só piora nas agências do banco com a redução do quadro e os clientes penam com serviço precário.
Nesta realidade, a carteira de crédito pessoal do Itaú fechou 2020 com uma alta de 20,3% ante o ano anterior. O melhor desempenho foi no segmento de micro, pequenas e médias empresas, com avanço de 33,9%. O segmento de operações na América Latina subiu 30,7% dentro da carteira de crédito. Os cofres cheios demostram que o banco não tem motivo para demitir. Fonte: Extra