Alta acumulada do IPCA-15 em 12 meses atinge dois dígitos e vai para 10,05%. A gasolina, que subiu 2,85% e acumula alta de 39,05% nos últimos 12 meses, continua vilã dos preços altos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, subiu 1,14% em setembro, o maior desde fevereiro de 2016 (1,42%) e também o maior para um mês de setembro desde 1994, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (24).
O índice do IPCA-15 em 12 meses atingiu os dois dígitos e acumula alta de 10,05%. No ano, a alta acumulada é de 7,02%.
Em todas as regiões do país, o IBGE registrou aumento em setembro em todas as áreas pesquisadas. A maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), onde pesaram as altas da gasolina (5,90%) e da energia elétrica (4,92%). Na capital paranaense, o IPCA-15 acumula a maior alta entrre as capitais nos últimos doze meses (12,61%).
No índice geral do país, mais uma vez, os combustíveis foram o subitem que mais contribuiram com a alta da inflação. O grupo Transportes aumentou 2,22%, influenciado pela alta dos combustíveis (3,00%). A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses.
O IBGE registrou alta em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O maior impacto (0,46 p.p.) e a maior variação (2,22%) vieram do grupo Transportes.
A segunda maior contribuição veio de Alimentação e bebidas (1,27% e 0,27 p.p.), que subiu mais do que no mês anterior (1,02%). Na sequência, veio Habitação (1,55%), cujo resultado desacelerou em relação ao IPCA-15 de agosto (1,97%) e contribuiu com 0,25 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o -0,01% de Educação e o 1,23% de Artigos de residência.
A alimentação no domicílio subiu de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro. Os preços das carnes subiram 1,10% e contribuíram com 0,03 p.p. de impacto.
Além disso, houve altas também nos preços da batata-inglesa (10,41%), do café moído (7,80%), do frango em pedaços (4,70%), das frutas (2,81%) e do leite longa vida (2,01%). Por outro lado, houve queda pelo oitavo mês consecutivo nos preços do arroz (-1,03%) e pelo sexto mês consecutivo nos preços da cebola (-7,51%).
No grupo Habitação (1,55%), a maior contribuição (0,17 p.p.) veio mais uma vez da energia elétrica (3,61%), embora a variação tenha sido inferior à de agosto (5,00%). No mês passado, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh. Além disso, houve reajuste de 8,92% nas tarifas em Belém (10,24%), vigente desde 7 de agosto.
Mais informações no site do IBGE.
Fonte: IBGE
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