Com o diesel custando, em média, R$ 6,88 por litro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados na segunda-feira (12), o auxílio eleitoreiro de R$ 1.000, só até dezembro, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deu aos caminhoneiros até amenizou o desespero da categoria, mas não resolveu o problema nem se transformou no apoio maciço da categoria que o candidato à reeleição esperava.
Os mil reais não cobrem nem a menor parte dos custos, segundo Litti Dahmer, que dá um exemplo: “Se um caminhoneiro faz um trajeto de 3.200 km por semana, cerca de 14 mil por mês, ele gasta 7 mil litros, num total de R$ 45, mil de combustível, se o diesel custar R$ 6,50, abaixo da média nacional da ANP. Ou seja, mil reais não dá para nada”.
A notícia não é boa para Bolsonaro que, de olho na eleição, criou o auxílio e também zerou impostos federais e articulou para que estados reduzissem o ICMS para derrubar os preços dos combustíveis, em especial a gasolina, principais responsáveis pela escalada da inflação.
Os índices até deram uma recuada, mas para a maioria dos brasileiros que gasta com comida e não com gasolina, a inflação dos alimentos continua alta e penaliza os trabalhadores, em especial os de baixa renda, que sofrem com a alta de produtos básicos. Só entre 2019 e 2022, o óleo, que subiu 180%, o café (+110%) e o leite longa vida (+105%).
E uma das razões para essa alta é justamente o preço do diesel. A maior parte dos produtos comercializados no país são transportados por vias terrestres – pelos caminhões – e, por isso, os custos com o frete são repassados aos preços dos alimentos, contribuindo para a elevação dos preços.
Fonte: Extra
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