A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú/Contec esteve reunida quinta-feira (9) com representantes do Banco Itaú/Unibanco, quando estiveram em pauta assuntos de interesse dos funcionários da instituição, como retorno ao trabalho presencial dos funcionários do grupo de risco; intensificação dos protocolos de segurança em função da nova cepa ômicron; certificação CPA-10; sobrecarga de trabalho para os funcionários com jornada presencial, além do fechamento de agências e demissões.
Nessa reunião, a Contec esteve representada pelo presidente Lourenço do Prado. Participou também o coordenador da COE Itaú/Contec, Eduardo Israel. Já o Paraná participou através do presidente da Federação (Feeb-PR), Gladir Basso, da diretora Iara Freire e do diretor do Sindicato de Ponta Grossa, Osmar Javorski.
Os representantes do Banco informaram que, em função do cenário atual, com o surgimento de mais uma variante e uma série de preocupações, o Itaú Unibanco tomou algumas decisões com relação à população considerada grupo de risco. Com isto, algumas pessoas com condições de saúde mais complicadas no que se refere à imunidade, vão permanecer em home office.
Segundo o Banco, já foi feito um mapeamento anterior desta população de risco, que soma aproximadamente 200 pessoas. Os representantes do Itaú destacaram que o retorno é planejado com “análise de cenário, avaliações preliminares em relação à variante ômicron e à eficácia das vacinas”.
Eles destacaram ainda que o Banco está disposto a rever a situação de outros funcionários que eventualmente estejam nesta condição de imunossuprimidos agora e não estavam antes. Na prática, aqueles colaboradores que não estão mapeados como sendo do grupo de risco de imunossuprimidos, e que queiram retornar ao home office, precisarão apresentar relatório médico original detalhado, com descrição do problema de saúde que enfrentam, que justifique o seu retorno ao trabalho presencial.
Quanto à preocupação com o avanço da nova cepa ômicron, o Banco informou que segue com todos os protocolos de segurança sanitária necessários. Uma preocupação observada foi quanto às localidades onde o poder público está flexibilizando o uso de máscaras nas áreas externas. O entendimento do Banco é que as máscaras devem ser mantidas, mesmo em localidades onde não há obrigatoriedade de sua utilização em áreas externas, pois com as filas dos bancos eventualmente se estendendo para a parte de fora do Banco, há a necessidade de um trabalho de incentivo nas agências para que os protocolos continuem sendo atendidos, e na oportunidade, o Banco pede apoio aos sindicatos nesse trabalho de conscientização.
CPA 10 E SOBRECARGA
A representação da COE Itaú/Contec destacou que as entidades recebem denúncias sobre gestores que estão cobrando de forma assediosa seus subordinados para a obtenção da certificação CPA 10. Outra cobrança do movimento sindical foi em relação à sobrecarga de trabalho para os funcionários com jornada presencial, já que o horário das agências a partir de 04/01/2022 será das 10h às 16h. Para o coordenador da COE/Contec, Eduardo Israel, é fundamental que as instituições financeiras reforcem os protocolos de segurança para garantir a vida de milhares e milhares de pessoas, não apenas funcionários como clientes e população em geral.
A Contec cobrou ainda a questão da realocação de funcionários após a reestruturação das diretorias comercial e operacional. Muitos estão sendo sobrecarregados de funções em função das demissões e fechamento de agências.
DECRETO 10.854
A comissão Contec questionou ainda qual a posição do Itaú em relação ao Decreto nº10.854, que afeta, diretamente o Programa de Alimentação do Trabalhador. O coordenador do Itaú, Romualdo Garbos, disse que algumas mudanças que o governo quer estabelecer causam preocupação não só no cenário ao Itaú, mas em vários segmentos. Ele disse acreditar que ações do governo são um grande desincentivo a este benefício, que é absolutamente importante, resultado de uma grande luta e conquista por meio dos sindicatos.
Na ocasião, o presidente da Contec, Lourenço do Prado, destacou as visitas feitas a parlamentares no Congresso Nacional no sentido de vetar os efeitos do decreto. Segundo ele, o movimento sindical está unido para que essas medidas não afetem o trabalhador que já sofreu muitas perdas nesta pandemia.
Assim que a próxima reunião do COE Itaú/Contec for agendada, a Contec vai informar todas as entidades.
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