O objetivo é buscar um déficit zero nas contas do governo no próximo ano.
Entre as ações para impulsionar as receitas, estão a tributação de “offshores” no exterior e de fundo exclusivos, anunciadas nos últimos dias.
Porém, a lista para incrementar a arrecadação também conta com medidas anunciadas e contabilizadas anteriormente no decorrer deste ano, como a retomada do voto de qualidade no Carf, colegiado responsável pelo julgamento de recursos de empresas multadas pela Receita Federal.
Algumas delas são fruto de decisões da Justiça, sobre as quais os contribuintes seguem aguardando esclarecimentos ou contestando judicialmente, além dataxação de encomendas internacionais.
Veja a lista:
A obtenção do equilíbrio nas contas do governo em 2024, porém, não conta com a crença do mercado financeiro. Para analistas, esse superávit será atingido somente em 2028.
A falta de confiança dos analistas está ligada justamente à percepção de que haverá dificuldade da área econômica na obtenção dessas receitas extraordinárias.
Mais cedo nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que será difícil aumentar a arrecadação no valor necessário para zerar o déficit nas contas do governo em 2024.
De acordo com realizada em julho pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda em julho com instituições financeiras, a projeção é de um déficit nas contas do governo de R$ 82 bilhões em 2024.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reconheceu que o debate sobre os juros sobre capital próprio está menos “maduro” em relação à tributação de fundos exclusivos e offshores. As três medidas precisam de aval do Congresso Nacional.
Segundo Dario, outros instrumentos podem compensar a frustração na arrecadação se a o fim da dedução dos juros sobre capital próprio não avançar no Legislativo.
“Estamos falando de alguns mecanismos que já estão na lei orçamentária, como por exemplo bet [regulamentação de apostas esportivas], repatriação, temas relacionados à mercado de carbono, [e] outras discussões sobre renda, que está na agenda do ministério fazer mais para o final do ano”, disse.
Fonte: G1
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