Um estudo recente realizado pela Talent Academy revela que os profissionais da geração Y, também conhecidos como millennials (de 30 a 40 anos), são os que mais tendem a permanecer em seus empregos por longos períodos. Em uma escala de 1 a 10, essa faixa etária apresenta a maior taxa média de retenção de funcionários, com 9,4 pontos, superando colegas de outras gerações.
De acordo com os dados, que foram publicados em setembro deste ano, os baby boomers (com 61 anos ou mais) seguem logo atrás, com uma média de 8,6 pontos, enquanto a geração X (41 a 60 anos) registra 7,7 pontos. Já a geração Z, que abrange os mais jovens (de 18 a 29 anos), apresenta a menor intenção de permanência no emprego, com apenas 6,7 pontos.
O levantamento foi realizado com 511 profissionais de sete empresas de diversos portes no Brasil, e a maior parte dos respondentes (23,8%) possui curso superior. Além disso, 17,8% ocupam cargos de gerência ou superior. A pesquisa, que foi concluída em maio, mede a probabilidade autodeclarada de permanência no emprego, considerando diferentes perfis geracionais.
Veja o ranking de retenção de funcionários por geração, numa escala de 1 a 10:
Geração Y (30 a 40 anos): 9,4
Baby Boomers (61 anos ou mais): 8,6
Geração X (40 a 60 anos): 7,7
Geração Z (18 a 29 anos): 6,7
Fonte: Talent Academy/Valor
Anna Padinha, gestora de Recursos Humanos, atribui o resultado a uma combinação de fatores como estabilidade, segurança financeira e o alinhamento de expectativas profissionais. Ela destaca que os millennials tendem a valorizar “empresas que oferecem planos de carreira bem estruturados, oportunidades de desenvolvimento contínuo e pacotes de benefícios consistentes”.
Além disso, Padinha ressalta que, para os profissionais dessa faixa etária, o “amadurecimento de suas carreiras e o acúmulo de experiências” são aspectos que fortalecem o engajamento e o vínculo com as organizações. “O resultado dessa combinação de fatores tende a ser um vínculo mais duradouro com as organizações”, explica a gestora.
Cofundadora e CMO (diretora de marketing) da Talent Academy, Renata Betti, comentou sobre os dados e destacou que a retenção de talentos, especialmente da geração Z, exige que as empresas compreendam as particularidades dessa geração. “Nascidos na era digital, eles valorizam ambientes de trabalho tecnologicamente avançados e culturalmente inclusivos”, observou.
Para reduzir a rotatividade entre os mais jovens, Betti destaca a necessidade de atender a uma demanda comum entre eles: o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Segundo ela, medidas como a flexibilização dos expedientes podem ser essenciais. “Além disso, a geração Z busca propósito em suas carreiras e valoriza empregadores que promovem impacto social”, acrescenta. (Fonte Feeb – SC).