Diante de projeções cada vez maiores para a inflação brasileira, o mercado financeiro segue ajustando também para cima as expectativas para a taxa básica de juros.
De acordo com o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central, as expectativas para a taxa Selic ao fim deste ano foram elevadas pela segunda semana consecutiva, desta vez de 7,63% para 8,00% ao ano.
Com o ajuste, a estimativa para os juros em dezembro de 2022 também foi elevada, de 7,75% para 8,00%, apontando para a estabilidade da Selic ao longo do próximo ano.
Após aumento de um ponto percentual da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para 5,25% em agosto, a expectativa é de nova alta de mesma magnitude na próxima semana, quando acontece um novo encontro, levando os juros para 6,25% ao ano.
Já para a reunião de outubro, as projeções apontam para Selic de 7,25% – ambas as estimativas sem alterações na comparação com o levantamento anterior.
Pela 23ª semana consecutiva, o mercado ainda revisou para cima suas projeções para a inflação em 2021, de 7,58% para 8,00%. Para 2022, as estimativas também foram elevadas, pela oitava semana, de 3,98% para 4,03%.
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,87% ante julho, acima da alta de 0,71% esperada pelo mercado financeiro e o maior resultado para o mês desde 2000.
Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (8,99%).
Com relação ao desempenho da economia brasileira, o mercado financeiro estima crescimento de 5,04% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, abaixo dos 5,15% estimados anteriormente. Para 2022, a expectativa é de expansão de 1,72% do PIB, também abaixo dos 1,93% esperados na semana passada.
Por fim, no câmbio, as estimativas apontam para dólar negociado a R$ 5,20 em dezembro (acima dos R$ 5,17 do último levantamento) e a R$ 5,20, ao fim de 2022, sem alterações.
Fonte: Infomoney
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