Um novo ano oferece, normalmente, aos profissionais um ponto de referência para uma avaliação sobre o que correu bem, o que correu menos bem e o que se pode fazer no futuro, estabelecendo um plano de ação e progresso. Segundo os especialistas em produtividade, é uma excelente altura para fazer o ‘reset’ no trabalho.
“É importante aproveitar o tempo para avaliar o ano passado e olhar em frente. É tão fácil voltar ao mesmo ritmo [que tinha antes]”, começa por dizer Jono Luk, vice president of product management da Webex by Cisco, citado pelo The Washington Post. E alerta que fazer mudanças significativas não tem, necessariamente, de ser esmagador e difícil. Comece, antes, por pequenos ajustes.
“Sou um grande fã de fazer pequenas mudanças incrementais. Nunca é uma boa ideia acabar com tudo”, defende Joshua Zerkel, head of global engagement marketing and productivity expert da Asana.
Saiba como fazer o ‘reset‘, reduzindo o stress e aumentando o sucesso no trabalho:
Ao longo dos últimos anos, a pandemia esbateu, em certos casos, as fronteiras entre a vida profissional e a vida pessoal. “Partilhe os seus objetivos e limites com outros“, sugere Jono Luk.
Uma forma de pensar sobre os seus objetivos é lembrar-se do que realizou e aplicá-lo ao que pretende fazer no futuro, aconselha Akhila Satish, CEO da Meseekna. Estabeleça prazos, peça feedback e dedique algum tempo por semana para rever as suas atividades e alinhá-las com os seus objetivos. “Seja intencional e específico no que precisa de fazer para progredir”, afirma Anita Williams Woolley, professora e associate dean de investigação na Carnegie Mellon University’s Tepper School of Business.
O que é urgente pode nem sempre ser o que é importante, alerta Woolley, por isso certifique-se de que compreende as suas prioridades. “Concentre-se no que é realmente importante”, afirma. “Não se deixe descarrilar por coisas que não são importantes e urgentes”, acrescenta a docente.
Dê a conhecer os seus compromissos e intenções para 2023, sugerem os especialistas. “Partilhar os seus pensamentos pode ser útil para o resto da sua equipa, que pode contribuir ou ajustar as suas expectativas”, lê-se na publicação. Além disso, se fizer uma espécie de compromisso publicamente, será mais provável que o cumpra.
Veja o seu calendário e avalie quando foi mais produtivo e quando foi menos produtivo. Esse exercício pode revelar tendências sobre quando é mais e menos produtivo.
Para encontrar o seu equilíbrio, pense em como gasta as 168 horas semanais e identifique a percentagem de tempo que passa em cada uma destas seis áreas: carreira e formação contínua, família e amigos, espiritualidade e religião, saúde, diversão e responsabilidade social. Depois disso, reflita sobre quanto tempo gostaria realmente de dedicar semanalmente a cada uma destas esferas. E atue em prol dessas metas.
Poupar tempo e aumentar a produtividade pode ser tão simples como adotar um novo programa ou uma nova forma de digitalizar pequenas tarefas. Em vez de trabalhar a partir da sua caixa de entrada, por exemplo, pode haver um sistema de gestão de trabalho que faça mais sentido para as suas equipas utilizarem em projetos específicos, e para os quais precisem de conversar, partilhar recursos e estabelecer prazos. Informe-se e invista em ferramentas que melhoram o fluxo do seu trabalho.
Comece já a planear o seu tempo livre, mesmo que ainda não seja definitivo, aconselha o vice president of product management da Webex by Cisco. Se já sabe que no verão quererá passar alguns fins de semana prolongados na praia, olhe para o calendário e identifique os fins de semana que seriam mais propícios. “Se, pelo menos, não o escrever, não vai conseguir realizá-los.”
E que tal voltar a aproximar-se da sua rede profissional? Tire algum tempo para contactar colegas, amigos e mentores. “É difícil [manter o contacto] durante o ano”, refere a CEO da Meseekna, mas o arranque de um novo ano é altura certa para alterar esse status quo.
Por outro lado, esta é também uma boa altura para garantir que o seu currículo, websites e perfis profissionais estão atualizados. “Nunca se sabe quando é que se vai precisar deles”, conclui Akhila Satish. (Fonte: MSN).