O comunicado mais duro do que o esperado do Banco Central em sua reunião de política monetária reforçou a visão de grandes bancos e outras instituições financeiras de que reduções na taxa Selic ficarão para o segundo semestre do ano, possivelmente só no final desse período, mesmo diante da pressão do governo por cortes de juros.
Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a Selic em 13,75% ao ano e não deu indícios de planejar cortá-la em breve. Pelo contrário, o texto divulgado ao fim da reunião reafirmou que o colegiado poderá retomar as altas na Selic se necessário para reduzir a inflação.
Apesar da indicação mais austera, na manhã desta quinta-feira o mercado de juros futuros chegou a embutir um corte de 0,25 ponto percentual na Selic já na reunião de junho do Copom, antes de as expectativas mudarem para uma redução de 0,50 ponto em agosto. Mas bancos globais e casas financeiras brasileiras de peso não compraram em nenhum momento a visão de afrouxamento já no próximo trimestre. (Fonte : Infomoney).