Encher o tanque do carro tem sido uma das cenas mais raras do país. Também pudera. Em março, o preço médio da gasolina nos postos do Brasil ficou em R$ 7,288 o litro. O combustível deu um salto em dois anos e acumula alta de 58,5%.
De acordo com levantamento da ValeCard, especializada em soluções de gestão de frotas, em março de 2020, o litro da gasolina era vendido em média por R$ 4,598. Em um ano, o avanço foi 27,26%.
Na comparação, o aumento da gasolina foi aproximadamente 2,6 vezes maior do que a inflação do período, que também não está “para brincadeira”. Entre março de 2020 e fevereiro deste ano, a inflação geral medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 21,86%.
A escalada do preço da gasolina é resultado da política de PPI (Preço de Paridade de Importação), que tem sido praticada pela Petrobras desde 2016. A medida, tomada pelo governo Temer, vem sendo aprofundada por Bolsonaro. Assim, a estatal reajusta os valores dos combustíveis de acordo com a variação do preço do petróleo no mercado internacional, estipulado em dólar.
Se de um lado a população sofre com a elevação dos combustíveis, os acionistas riem à toa usufruindo de lucros extraordinários graças ao PPI. Com a dolarização dos preços, os investidores embolsaram R$ 101 bilhões em dividendos, relativos aos resultados do ano passado.
Fonte: Extra
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