Em abril, o percentual de reajustes abaixo da inflação chegou a 46%, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Tudo isso em um momento de recessão econômica, inflação crescente e explosão do custo de vida. Das 163 categorias analisadas no mês passado, apenas 8% tiveram reajuste acima da inflação e 46% igual ao INPC. Um cenário muito diferente de alguns anos.
Para se ter ideia, no primeiro semestre de 2014, cerca de 93% dos acordos tiveram reajustes acima da inflação. Naquele ano, foram analisadas pelo Dieese 340 negociações. Os ganhos reais chegaram a 3% em muitos casos. Coisa que não se vê mais hoje no Brasil de Bolsonaro e um dado que deve ser bem refletido pelos trabalhadores.
Repor as perdas
Segundo o relatório, o índice necessário para repor as perdas em abril deveria ser de 11,73%. Com a inflação subindo sem controle, em maio já é maior, 12,47%. Tem mais. Os pisos salariais médios (R$ 1.414,77) estão bem longe do ideal. O valor está apenas 16,7% acima do salário mínimo, de R$ 1.212,00 e que também não dá para nada. (Fonte: Seeb/Bahia).