Com o forte onda de calor nesta semana, uma demanda nacional chegou também até Curitiba: os trabalhadores dos Correios reforçam a necessidade da mudança para a jornada de trabalho matutina, invertendo o atual turno de entrega das postagens. Consideram que o trabalho na rua, na parte da tarde, é muito pesado.
Os chamados ecetistas fazem parte da administração pública indireta (empresas públicas, fundações, autarquias) e seus trabalhadores são funcionários públicos. O regime de trabalho é regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a jornada é de oito horas diárias e 44 semanais.
A empresa pública geralmente fornece protetor solar e o trabalhador pode dispor de água. No entanto, o aquecimento global, resultado da ausência de planejamento da produção no capitalismo, torna insuportável o trabalho com o sol a pino.
“Solicitamos a flexibilização do horário de entrega de vespertino para matutino, em novembro a empresa respondeu numa carta que faria a inversão (veja abaixo). Preocupados com a onda de calor, a empresa em atendimento se colocou, mas não foi operacionalizado”, afirma Emerson Marcelo Gomes Marinho, Secretário Geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect).
O dirigente sinaliza movimento nacional, uma vez que a pauta é unificada, caso a medida siga sem aplicação.
“A entrega matutina está sendo discutida nacionalmente. Trabalhadores e empresas não chegaram num ponto comum. Um grupo de trabalho está chegando num consenso de como ajustar isso, de que haja a entrega matutina no Brasil todo, devido à questão climática. Problemas estão aparecendo no Brasil todo”, afirma Ivan Carlos Pinheiro, liderança popular e integrante da base dos Correios. (Fonte: Brasil de fato).