As pessoas físicas deixaram de pagar mais de R$ 10 bilhões aos bancos no ano passado devido à decisão anunciada no fim de 2019 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de limitar em até 8% ao mês os juros do cheque especial, estimou o Banco Central nesta quarta-feira (26).
Essa foi a primeira vez em que o governo decidiu impor uma taxa máxima a uma linha de crédito com recursos livres, isto é, sem um direcionamento específico estipulado por lei — como nos casos do crédito imobiliário ou do microcrédito.
Embora com a nova regra tenha havido expressiva redução da taxa para pessoas físicas, isso não aconteceu para a taxa cobrada das empresas, que permaneceu no mesmo patamar.
O BC observou que houve uma redução no volume de concessões de cheque especial no ano passado, mas avalia que isso está relacionado a uma menor demanda por parte do consumidor, devido ao pagamento do auxilio emergencial pelo governo — medida de enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Por isso, o BC avaliou que a queda de taxa de juros e os “indícios de que não houve restrição na oferta do produto” indicam “aumento de bem-estar do consumidor, sem perda de eficiência econômica”.
“Conclui-se, assim, que a política de limitação de juros avaliada atingiu os efeitos esperados”, informou. Fonte: G1.