Com crescimento expressivo de 93,4% em relação ao mesmo período de 2020, a Caixa Econômica Federal teve lucro líquido de R$ 10,8 bilhões no primeiro semestre de 2021. O montante é resultado principalmente do esforço dos empregados, que sempre estiveram na linha de frente para atender as necessidades do povo brasileiro, mesmo diante do adoecimento cada vez maior por conta da sobrecarga de trabalho gerada pela redução do número de trabalhadores nos últimos anos, do aumento do volume de atendimento e das metas, além do cenário imposto pela pandemia do novo coronavírus.
No segundo trimestre deste ano, o lucro da Caixa alcançou R$ 6,3 bilhões, um aumento de 144,7% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a Caixa, o resultado foi impactado, principalmente, por ganhos decorrentes da alteração na participação relativa apurada sobre investimentos da Caixa Seguridade (R$ 1,5 bilhão), com a venda das ações da mesma holding de seguros (R$ 3,3 bilhões) e com a venda das ações do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão).
A Caixa encerrou o primeiro semestre de 2021 com 84.262 empregados, com fechamento de 58 postos de trabalho em doze meses. Em julho de 2021, o banco anunciou a ampliação do número de empregados e terceirizados. Segundo a Caixa, serão 10 mil novos trabalhadores, sendo 4 mil empregados Caixa, 5,2 mil estagiários e adolescentes aprendizes e cerca de 800 recepcionistas e vigilantes. Por outro lado, o banco público registrou incremento de aproximadamente 17,7 milhões de novos clientes no período. Não foram fechadas agências, mas foram abertos 94 postos de atendimentos, 646 unidades Caixa Aqui e 350 casas lotéricas em relação ao mesmo período de 2020.
“Mesmo com todo o trabalho hercúleo realizado pelos empregados, a direção da Caixa continua com os ataques em série contra o banco público e contra os trabalhadores, seja pelas constantes cobranças por metas inatingíveis; pelo aumento da sobrecarga de trabalho e consequente adoecimento dos trabalhadores; pela tentativa de aplicação da CGPAR 23 pelo presidente Pedro Guimarães, o que inviabilizaria a permanência de milhares de trabalhadores no Saúde Caixa; e agora pela PEC 32, que, com a desculpa de promover uma ‘reorganização’ da administração pública, ataca os funcionários públicos e seus direitos e prejudica a oferta de serviços públicos à população brasileira.”
Tamara Siqueira, dirigente do Sindicato e empregada da Caixa.
“Paralelamente a isso, há uma onda privatista e de venda a preço de banana do patrimônio público que já entregou ao grande capital a Eletrobras, a Liquigás, a BR Distribuidora, parte dos bancos públicos, como foi o caso da IPO da Caixa Seguradora; e os Correios”, acrescenta Tamara.
Fonte: Seeb/SP
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