Diante da pandemia do coronavírus, muitos bancários foram deslocados para o trabalho em home office, mas os bancos não forneceram estrutura adequada para a adaptação. E as consequências apareceram, já que, segundo estudo elaborado pela Dieese, cresceram os problemas físicos entre os empregados, como dores musculares nas costas, região lombar e pescoço.
A pesquisa revela que, para 31,4% dos trabalhadores entrevistados, as dores já existiam e continuaram, mas para 24,9% surgiram depois do teletrabalho. Logo, as condições das instalações nas casas dos empregados, como mesas e cadeiras sem ergonomia compatível para a atividade realizada, estão diretamente ligadas ao surgimento de dores e problemas clínicos.
Um terço dos entrevistados também afirmou que os bancos não se responsabilizaram pelo fornecimento de equipamento ou móvel. Outra informação importante relatada são as dores nas articulações (pulsos e ombros) e dores/formigamentos em mãos, braços e ombros, que podem desencadear LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
Outro problema enfrentado pela categoria é a dificuldade de concentração no trabalho remoto. O isolamento social obrigou muitas famílias a permanecerem em casa, com crianças sem aulas e, muitas vezes, mais de uma pessoa trabalhando em home office. Diante do fato, 20% dos bancários enfrentam problemas para manter a atenção nas atividades laborais, além do surgimento de situações relacionadas a estresse, como cansaço e fadiga constantes, ansiedade, dificuldade de dormir, medo de perder a cabeça, constante vontade de chorar sem motivo e crises de dor de cabeça .Fonte: Bancários Bahia / FEEB-SC