O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que os bancos têm a obrigação da diligência na identificação de operações suspeitas e atípicas, durante a abertura do 12º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo.
“Os bancos têm a obrigação da diligência na identificação de operações suspeitas e atípicas. E estamos falando de um universo impressionante de transações diárias, em escala continental, que precisam ser monitoradas. Trata-se de uma responsabilidade descomunal, da qual nos orgulhamos e que conta com o apoio contínuo do regulador”, afirmou. “As ações dos bancos, ao longo dos últimos anos, tornaram a prática desse tipo de crime cada vez mais difícil e arriscada. E vamos continuar cercando os criminosos e reduzindo sua margem de ação.
Ele comentou que não é de hoje que os bancos são os maiores responsáveis pelas comunicações dessas operações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Em 2021, foram feitas 441.316 comunicações de operações suspeitas, 56% a mais que em 2020. As comunicações de operações em espécie acima de R$ 50 mil em 2021 também continuam crescendo: foram 4.343.122, 4% maior que no ano anterior.
Segundo Sidney, se o crime é organizado, o setor financeiro precisa se organizar cada vez mais e melhor. “Seria bem útil para o país se, no debate eleitoral que está em curso, pudéssemos ver discussões sobre políticas públicas voltadas para o aprimoramento do arcabouço de prevenção à lavagem de dinheiro e de ilícitos financeiros correlatos, ao invés de uma disputa vazia de propostas para enfrentar esse tipo de criminalidade, que é muito séria e que degrada o tecido social.”
O presidente da Febraban apontou que, com o apoio dos bancos, o Coaf produziu 12.519 Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) em 2021, uma alta anual de 8%. Foram relacionadas 908.146 pessoas físicas ou jurídicas, 34,6% a mais que no ano anterior.
Fonte: Valor investe
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