Quatro dos dez bancos mais rentáveis do mundo são brasileiros: a filial do Santander no Brasil (3º mais rentável), Itaú Unibanco (5º), Banco do Brasil (6º) e Bradesco (7º). No país, enquanto setores como indústria e comércio amargam prejuízos nos últimos anos, o sistema financeiro nacional não para de elevar seus ganhos. Em 2021, os bancos foram, mais uma vez, o setor econômico com maior lucro líquido entre as empresas de capital aberto, acumulando quase o dobro do lucro do setor de energia elétrica, o segundo mais lucrativo.
Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Itaú Unibanco registraram, juntos, lucro de R$90,5 bilhões em 2021, aumento de 34.7%, acumulando nos dois anos de pandemia, R$157,6 bi.
“De 2003 a 2021, o lucro líquido dos maiores bancos do país cresceu 190% acima da inflação. Não estamos pedindo nada que não seja possível de os bancos nos pagarem até porque são os bancários que produzem o lucro do sistema financeiro”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira, que está na negociação de hoje do Comando Nacional com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
Reivindicações dos bancários
O movimento sindical reivindica os índices aprovados na 24ª Conferência Nacional da categoria, realizada em junho deste ano: 5% de aumento real mais a inflação (INPC) e melhor PLR, mantendo a atual regra com os devidos reajustes. Para os tíquetes refeição e alimentação, a categoria quer um salário mínimo para cada um dos auxílios (R$1.212), em função do alto preço dos alimentos e comidas nos restaurantes. A inflação dos alimentos teve alta de 16% em 1 ano. A cenoura (86%), o tomate (66%) e o café (62%) tiveram uma explosão nos preços. Não é por menos que 61% dos bancários querem prioridade para o reajuste diferenciado no VA e VR, segundo a consulta nacional ralizada pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). O aumento real é apontado como prioridade por 92% da categoria
Fonte: Bancários Rio
Notícias: FEEB-SC