O reajuste salarial dos bancários deve chegar a pelo menos 10% este ano, conforme estimativas. Isso se deve ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que está em alta e fechou o mês de julho em 9,85% no acumulado de 12 meses.
Assim, se a tendência de acúmulo inflacionária de agosto se confirmar, em 1º de setembro, data-base da categoria, a reposição salarial pode ultrapassar os 10%, pois o acordo firmado em 2020 para dois anos baseia-se no INPC, mais 0,5%.
O que diz o Acordo
A atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária foi exaustivamente negociada com a Fenaban no ano passado. Inicialmente, a Federação dos Bancos não queria conceder nenhum reajuste e propôs apenas o abono salarial. Além disso, queriam reduzir a PLR.
As Entidades Sindiais se manteviveram firmes na negociações e conquistaram o aumento real e a manutenção da CCT. Para 2021, o acordo garantiu a reposição do INPC acumulado no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.
O que é o INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC é formulado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários, por meio da mensuração das variações de preços da cesta básica.
O índice tem como unidade de coleta os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e internet e sua coleta estende-se, via de regra, do dia 1º ao dia 30 de cada mês.
FEEB-SC