Os cuidados com a saúde foram redobrados na pandemia de Covid-19 no mundo todo, mas a saúde mental das pessoas também tem de ser observada. Neste mês, ganha ainda mais destaque com o Janeiro Branco, campanha que visa conscientizar a população para cuidar da mente.
Os dados da OMS são preocupantes. Cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Totalmente ligada à rotina de trabalho, a Síndrome de Burnout foi oficializada, pela Organização Mundial de Saúde, como uma enfermidade crônica. Com tantos casos, o transtorno caracterizado como estresse físico e mental foi incluído na mais recente versão do Código Internacional de Doenças (CID 11).
Os bancários preenchem os pré-requisitos para o desenvolvimento da Burnout. A categoria está exposta às constantes mudanças na forma de trabalho e mudanças tecnológicas, o atendimento ao público, além da pressão para o cumprimento de metas. No Brasil, 32% da população sofre com esta forma de estresse crônico relacionado ao trabalho.
Foram 500 mil solicitações de auxílio doença no INSS em decorrência da síndrome entre março e abril de 2020. Especialistas apontam que o estresse da pandemia e, consequentemente, o medo da morte, motivaram a alta nos pedidos. Para o diretor do Sindicato da Bahia e também psicólogo, Elder Perez , a partir de agora, há elementos técnicos e objetivos que podem amparar nas intervenções políticas, sindicais e médicas.
“Em tese, também pode provocar nas empresas, de um modo geral, uma reformulação da política de bem-estar para os funcionários. A gente sai de um caráter mais subjetivo de uma doença para amparar num aspecto mais objetivo e mais técnico das doenças mentais”, reforça. (Fonte: Seeb/Bahia).