Para ajudar a polícia no combate ao crime de sequestro do Pix, os bancos prometem agora identificar e fechar as contas abertas com documentos falsos – usadas pra receber o dinheiro roubado.
Lançado no dia 16 de novembro do ano passado, o Pix já tem mais de 100 milhões de usuários no Brasil, segundo o Banco Central. Com a facilidade em transferir valores, os crimes das chamadas “quadrilhas do Pix” dispararam e preocupam as autoridades em todo o país.
O Banco Central impôs um limite de movimentação por esse sistema no período noturno. Há pouco mais de 1 mês, fixou-se um limite de R$ 1 mil para transferências pelo PIX entre 20h e 6h. Mas a restrição não foi suficiente para frear os ataques.
A agilidade dos criminosos nas transferências é a principal dificuldade enfrentada pelos policiais. Os recursos passam por contas “laranjas” – abertas com documentos falsos. Na maioria das vezes, a prática acontece sem o conhecimento do titular.
A Polícia Civil de São Paulo aposta em um acordo com os bancos para dificultar essa estratégia dos bandidos.
”Vai permitir que nós recebamos a informação dos bancos e dos clientes bancários daquelas contas que são utilizadas pelos criminosos para pulverizar o dinheiro do [roubo via] Pix de uma forma tão célere que não vai dar tempo de eles conseguirem o sucesso final, que é o recebimento físico do dinheiro”, analisou Ruy Ferraz Fontes, diretor-geral da Polícia Civil.
O próximo passo é a assinatura do termo de cooperação para dar à polícia acesso rápido às contas que recebem o dinheiro das vítimas.
“Obviamente, eles não vão ter acesso ao dinheiro e vão ser presos. Isso vai inibir a prática desse delito”, completou.
Fonte: UOL
Notícias: FEEB-SC