O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (07), manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde o início de agosto.
Esta é a última reunião do Copom no governo Jair Bolsonaro (PL). O próximo encontro do comitê está marcado para os dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, já na gestão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O comitê costuma se reunir a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia. Essa é a quarta reunião consecutiva em que o Copom fixa a Selic em 13,75% – o resultado já era esperado pelo mercado.
O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, permanecerá à frente da instituição pelo menos até dezembro de 2024. Isso porque uma lei em vigor desde 2021 estabeleceu a chamada autonomia do Banco Central, com mandato para presidente e diretores da instituição.
O BC iniciou o governo Bolsonaro com a taxa de juros em 6,5% ao ano, e, em 2020, durante a pandemia, reduziu a Selic para 2% ao ano, menor patamar da história.
No entanto, a partir de março de 2021, o BC passou a elevar a Selic em todas as reuniões (12 consecutivas) e, com isso, a taxa chegou a 13,75% ao ano, o que configurou o maior e mais longo ciclo de alta desde 1999.
Apesar da manutenção da taxa, a Selic permanece no maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano. Ou seja, em seis anos.
O objetivo do ciclo da alta dos juros, segundo o BC, foi conter as pressões inflacionárias decorrentes da pandemia da Covid, que gerou interrupção na oferta de produtos e injetou recursos extraordinários na economia, por meio de auxílios temporários, o que elevou os preços. Também causou impacto na inflação a guerra na Ucrânia, principalmente nos preços de combustíveis e alimentos. (Fonte: G1).