Assustam os dados sobre violência contra as mulheres e combater as agressões deve ser uma luta permanente. O FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) mostra que a cada 10 minutos o corpo de uma mulher ou de uma menina é violado e a cada sete horas ocorre um feminicídio.
No Brasil, a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” começa em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Período relevante para dar mais atenção ao problema, especialmente diante dos retrocessos sofridos nos últimos quatro anos nas políticas públicas criadas para enfrentar a violência de gênero no país.
Até julho de 2022, foram registradas mais de 31 mil denúncias de violência doméstica ou familiar contra as mulheres e cerca de 70% das mulheres vítimas de feminicídio no país nunca passaram pela rede de proteção. Os dados são do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que sofreu corte de 33% nos recursos neste ano, segundo o Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos).
Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) ainda revelou que que o governo Bolsonaro executou apenas 25% do orçamento para o Ligue 180 em 2020. O serviço, de utilidade pública, é uma ferramenta de enfrentamento à violência contra a mulher. (Fonte: Ipea)