Os analistas do mercado financeiro aumentaram de 5,82% para 5,88% a estimativa de inflação para este ano. Esta foi a quarta alta seguida no indicador.
A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central. Ao todo, foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário necessariamente acompanhe esse crescimento.
A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado.
Para atingir a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos.
Para o próximo ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o boletim Focus, a previsão para 2023 subiu de 4,94% para 5,01%.
O mercado financeiro elevou de 2,77% para 2,80% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
Já para 2023, a previsão de crescimento ficou estável em 0,70%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem.
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75% ao ano no fim de 2022.
Atualmente, a taxa Selic já está neste patamar. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
Já para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic avançou de 11,25% para 11,50% ao ano. Com isso, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem, mas em menor intensidade.
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: