No mesmo período do ano passado, o banco havia reportado ganhos de R$ 6,648 bilhões. Porém, houve uma provisão para devedores duvidosos (PDD) para cobrir eventuais calotes de R$ 7,267 bilhões neste 3º trimestre, mais do que o dobro do registrado em igual período de 2021 (R$ 3,358 bilhões) e maior que o lucro do trimestre
O Bradesco registrou um lucro líquido contábil de R$ 5,211 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma retração de 21,6% em relação a igual período do ano passado (R$ 6,648 bilhões), Mas a Provisão para devedores Duvidosos (PDD) foi o dobro do mesmo período em 2021.
Já o lucro líquido recorrente (que desconsidera efeitos extraordinários) registrado pelo banco foi de R$ 5,223 bilhões, o que representa uma queda de 22,8% na comparação anual (R$ 6,767 bilhões) e de 25,8% em relação ao segundo trimestre deste ano (R$ 7,041 bilhões).
Segundo o banco, a margem financeira total foi de R$ 16,283 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 3,7% ante o mesmo período do ano passado (R$ 15,702 bilhões).
A carteira de crédito expandida do banco registrou avanço de 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 878,571 bilhões, com destaque principalmente para as linhas voltadas às pessoas físicas, que tiveram um aumento de 16,2% no período, a R$ 352,672 bilhões. A carteira de pessoas jurídicas, por sua vez, subiu 11,9% no período, a R$ 525,899 bilhões.
O Bradesco ainda informou que atingiu a marca de 76,8 milhões de clientes no trimestre encerrado em setembro.
A maior concessão de crédito, por outro lado, também resultou em um aumento da provisão para devedores duvidosos (PDD). Essa reserva, feita pela instituição para cobrir eventuais calotes, atingiu R$ 7,267 bilhões no terceiro trimestre deste ano, mais do que o dobro do registrado em igual período de 2021 (R$ 3,358 bilhões). Em comparação ao observado entre abril e junho (R$ 5,313 bilhões), a alta foi de 36,8%.
“O aumento da PDD no trimestre reflete o maior volume dos negócios em operações mais rentáveis e de maior risco, o reforço de cerca de R$ 1 bilhão de PDD complementar e, também, as condições do cenário econômico, que contribuíram com o aumento da inadimplência”, diz o banco.
A inadimplência da instituição, por sua vez, ficou em 3,9% nos três meses encerrados em setembro, valor que responde a uma elevação de 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação a igual intervalo do ano passado e de 0,4 p.p. ante o trimestre anterior.
O Retorno sobre Patrimônio Médio (ROAE) trimestral ficou em 13,0%, um recuo de 5,6 p.p. em 12 meses. (Fonte: G1).