Corregedoria do banco enviou documento de mais de 500 páginas aos Ministérios Públicos Federal e do Trabalho
A corregedoria da Caixa Econômica Federal concluiu a investigação interna a respeito das denúncias de assédio sexual e moral por parte do ex-presidente do banco Pedro Guimarães. Depois de ouvir mais de 50 depoimentos, a corregedoria diz que “é possível afirmar que há indícios de práticas irregulares de índole sexual”.
O documento, que tem mais de 500 páginas, foi obtido pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e revelado nesta terça-feira (25). De acordo com a emissora, ele foi apresentado ao Conselho de Administração da Caixa, aos Ministérios Públicos Federal e do Trabalho, à Controladoria-Geral da União e à Comissão de Ética da Presidência da República.
No documento, a corregedoria da Caixa afirma que “dos fatos relatados pelos entrevistados e depoentes, corroborados pelos demais elementos de prova, é possível afirmar que há indícios de práticas irregulares de índole sexual. E ao que tudo aponta, teriam sido praticadas de forma reiterada e se utilizando das mais variadas formas de expressão (física, gestual ou verbal) e valendo-se, inclusive, e em especial, da condição de presidente da empresa”.
De acordo com a investigação, Guimarães adotava práticas como “abuso do poder hierárquico, atitudes constrangedoras, comportamentos agressivos, tratamento ríspido e submissão de empregados a práticas de humilhação e vexame”.
A corregedoria concluiu, ainda, que “os relatos expõem uma gestão pautada na cultura de medo, comunicação violenta, insegurança, manipulação, intransigência e permissão ao assédio”.
Em nota ao Jornal Nacional, a defesa de Guimarães disse repudiar a forma com a qual a investigação foi conduzida pela corregedoria da Caixa, questionando a parcialidade da comissão interna. A Caixa afirmou que não tolera desvio de conduta de dirigentes ou empregados. (Fonte: Brasil Econômico)
Notícias Feeb/PR