Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander, as cinco maiores instituições financeiras do Brasil, concentravam 78,7% das operações de crédito no Brasil no segmento bancário no fim do ano passado, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (6), no Relatório de Economia Bancária, do BC (Banco Central). Em 2020, o percentual era de 79,2%.
As instituições financeiras esperam que a inadimplência no crédito em 2022 atinja 1,75% entre as grandes empresas e 3% entre as MPMEs (Micro, Pequenas e Médias Empresas). Em relação a pessoas físicas, o documento não detalha os números esperados pelo mercado e avalia apenas que a expectativa é de redução da inadimplência no crédito ao consumo, enquanto no crédito habitacional deve crescer.As instituições financeiras esperam que o saldo de crédito para as grandes empresas suba 5,0% em 2022. No caso das MPMEs, a projeção das instituições é de alta de 10% do saldo de crédito neste ano. Para as famílias, a autarquia disse apenas que a expectativa do mercado é de crescimento menor do crédito ao consumo e habitacional ante 2021.
As projeções do BC para a evolução do crédito bancário em 2022 são de crescimento de 14,2% do saldo total, com aumento de 17,2% do saldo de crédito com recursos livres e de 9,7% do saldo de crédito com recursos direcionados. Em 2021, o aumento total foi de 16,3%, com 20,3% para livres e 10,9% para direcionados.
O retorno obtido pelos bancos brasileiros em 2021 continuou superior ao verificado em boa parte dos países desenvolvidos e dos principais emergentes. Os dados mostram que o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) do sistema bancário brasileiro foi maior que o das instituições que atuam nos mercados da Turquia, Estados Unidos, Austrália, Indonésia, Índia, China, França e Itália. No mesmo grupo de países, apenas Rússia, Canadá e México têm sistemas bancários com maior retorno que o brasileiro.
“A maioria dos sistemas bancários de países representativos de diferentes continentes apresentou melhora na rentabilidade em 2021 quando comparado a 2020. Apesar da melhora, metade dos países (incluindo o Brasil) não superou o nível de ROE registrado em 2019, antes dos efeitos da pandemia”, destacou o BC.
De acordo com o REB, o crescimento da margem de juros, a redução das despesas com provisões e ganhos de eficiência foram os principais fatores responsáveis pela melhora na rentabilidade dos bancos brasileiros no ano passado.
Por outro lado, o BC informa que permanece a disparidade nos níveis de retorno entre bancos de maior e menor porte no País. “Os bancos pequenos e micros não apresentaram recuperação de rentabilidade em 2021, resultado de um crescimento menor dos lucros e do aumento da base de capital de algumas instituições no período”, detalhou o documento.(Fonte: R7).