Trabalhadores dos Correios realizam assembleia no dia 31 para definir se entram em greve. Empresa oferece 90% do IPCA de reajuste e impõe condições para pagar a Participação dos Lucros e Resultados (PLR). Os Correios lucraram R$ 3,7 bilhões
Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, que tem como data base 1º de agosto, podem entrar em greve a partir de 1º de setembro se a direção da empresa continuar oferecendo reajuste salarial abaixo da inflação.
Enquanto a categoria reivindica 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é 10,13%, a empresa quer dar apenas de 9,62% – que representam 90% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que define a inflação para quem ganha até 40 salários mínimos. Ou seja, abaixo do índice oficial do país.
Os trabalhadores também estão inconformados com a proposta dos Correios sobre o pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) deste ano.
Segundo Emerson Marinho, secretário de Comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), em 2021 a empresa não deu o PLR, e neste ano, quer impor condições prejudiciais aos trabalhadores para efetuar o pagamento.
“Os Correios tiveram R$ 3,7 bilhões de lucro e além de não definir a PLR querem que o benefício seja distribuído a partir do alcance de metas individuais e coletivas. Com isso, a maioria dos trabalhadores não vai receber sequer 70% do seu valor”, critica Marinho.
Fonte : Seeb/SP
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