A morte do servidor Sérgio Ricardo Batista, diretor de controles internos e integridade da Caixa, disparou um novo alerta para as condições de trabalho do banco estatal. O episódio, investigado como suicídio, se deu em meio a revelação de denúncias de assédio moral e sexual por parte de gestores. De acordo com Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), os fatos recentes da empresa são parte de uma crise na atenção à saúde mental dos funcionários, agravados pelos assédios.
Takemoto conta que esse já era um problema crescente na estatal, e, nos últimos anos, passou a atingir a saúde mental de grande parte dos servidores. E a função de Sérgio Ricardo era justamente apurar as denúncias de assédio. “Não sabemos exatamente o que levou ele a cometer esse gesto tão duro, mas a gente sabe que a saúde dos trabalhadores vinha piorando ano a ano”.
Antes mesmo de Sérgio Ricardo assumir a diretoria de controle interno, a Fenae já percebia que os assédios morais e sexuais eram a principal ameaça à saúde mental dos servidores. “No final de 2021, nós concluímos uma pesquisa sobre as condições de saúde mental dos trabalhadores da Caixa. Os índices foram alarmantes, 60% dos funcionários já vivenciaram cenas de assédio moral”, relatou Takemoto.
Fonte : Congresso em foco
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