Aqueles que tiveram aumento superior ao patamar inflacionário foram 13,4%. Os que ficaram no mesmo nível da variação de preços representaram 32,1%
De acordo com boletim do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados levantados pelo Mediador do Ministério do Trabalho, a maioria dos reajustes salariais ocorridos no mês de maio e resultantes de negociações e acordos coletivos se posicionou abaixo da inflação acumulada no mês anterior.
A maior parte dos processos de negociação (54,5%) ficou abaixo do patamar da inflação. Aqueles que tiveram aumento superior ao patamar inflacionário foram 13,4%. Os que ficaram no mesmo nível da variação de preços representaram 32,1%. Ou seja, apenas 45,5% dos reajustes compensou ou superou a inflação.
Dos 13,4% que obtiveram reajuste acima da inflação, 90% conquistaram ganhos de até 0,5% acima da inflação. Dos 54,% abaixo da inflação, aproximadamente um quinto (18%) tiveram perdas de até 0,5% e pouco menos da metade (45%) registraram prejuízos de 2% a 4%.
A variação média dos salários reajustados em maio foi de -1,28%. Ou seja, uma diminuição real dos vencimentos recebidos por trabalhadores no Brasil. A diminuição real média dos salários é um fenômeno que vem ocorrendo ao menos desde janeiro de 2021.
Com base nos dados do INPC, para que houvesse preservação real dos salários, os reajustes em maio de 2022 deveriam ter sido de 12,47%. Para junho, as projeções indicam necessidade ligeiramente menor, de 11,9%.
No acumulado de 2022, 44,7% dos reajustes ficaram abaixo do INPC acumulado, patamar superior ao do mês passado (40,8%). Os que ficaram no mesmo patamar foram 32,9%, um aumento em relação aos 31,6% de abril. O menor percentual – 22,4% – se refere aos reajustes que ficaram acima do acumulado de 12 meses do INPC no momento da finalização da negociação, uma piora em relação aos 27,2% do levantamento anterior. (Fonte : Reconta aí).