O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (16), por unanimidade, elevar a taxa Selic de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano – alta de um ponto percentual.
É o nono aumento consecutivo na taxa. Com isso, a Selic alcançou o maior nível desde abril de 2017, quando estava em 12,25% ao ano. Ou seja, o maior nível em quase cinco anos.
Antes desse ciclo de altas, entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, a Selic tinha ficado estacionada no mínimo histórico de 2% ao ano.
<img class=”i-amphtml-fill-content i-amphtml-replaced-content” src=”data:;base64,De acordo com projeções de analistas do mercado financeiro, a Selic deve voltar a subir nos próximos meses. A previsão é de que o juro básico suba para 12,5% ao ano no começo de maio e para 12,75% ao ano em meados de junho, permanecendo neste patamar até o fim de 2022.
O aumento da taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para enfrentar a inflação. A sequência de altas na Selic, portanto, é uma tentativa do Copom de conter o movimento de alta de preços registrado nos últimos meses.
Em fevereiro, a inflação acelerou 1,01%, registrando a maior variação para o mês desde 2015.
Em comunicado, o comitê avaliou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia aumentou as incertezas em relação ao cenário econômico em todos os países.
“O choque de oferta decorrente do conflito tem o potencial de exacerbar as pressões inflacionárias que já vinham se acumulando tanto em economias emergentes quanto avançadas”, explicou em nota.
Fonte : G1
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