Ao mesmo tempo em que enfrenta uma tempestade para reduzir a inflação, o Banco Central do Brasil procura modernizar os serviços bancários para reduzir custos à população. Por isso avança com o open finance, que significa um sistema de dados financeiros abertos, ou seja, as pessoas podem compartilhar seus dados bancários e outros para ter serviços financeiros mais baratos e mais adequados ao seu perfil. Isso significa menores juros em empréstimos, mais oferta de crédito para financiamentos e mais limite no cartão de crédito, entre outros. Os compartilhamentos são feitos somente com autorização do cliente e o open finance é considerado mais abrangente do que o open banking porque incluirá mais dados.
O Banco Central segue um cronograma de implantação do open finance por etapas. Por enquanto, realiza uma fase de teste com participação de 10% do mercado financeiro. Uma parte dos clientes está podendo compartilhar histórico bancário de instituições concorrentes para ter juro menor. Até o dia 29 de outubro, vai entrar em vigor a permissão para compartilhamento do serviço de pagamento de Pix. Até 15 de dezembro, para compartilhamento de dados sobre produtos e serviços bancários utilizados. O cronograma do Banco Central para a implantação total do open finance tem mais cinco etapas até 30 de setembro do ano que vem, quando serão autorizados compartilhamentos de transações de pagamentos em débito em conta.
Esse novo modelo de sistema financeiro do Brasil, segundo especialistas, deve ser o mais avançado do mundo, inclusive do implantado pelo Reino Unido, hoje uma referência. Além dos bancos tradicionais, participam também os bancos digitais. O executivo Fábio Lins, superintendente do Banco Original, instituição que sugeriu a inclusão também dos bancos digitais nesse processo, diz que cada etapa está sendo implantada com o devido acompanhamento do Banco Central. Na opinião dele, para os clientes bancários brasileiros, a maior vantagem será a redução dos juros para empréstimos e financiamentos.
– Acreditamos que a sociedade, não só as pessoas como as empresas, principalmente empresário individual nesse país que foi muito mal tratado na pandemia, vai ter muito benefício ao compartilhar o seu histórico financeiro para ter possibilidade de acessar produtos mais baratos, com mais crédito e com prazo maior para realizar seus projetos e seus sonhos – afirma Fábio Lins.
Fonte: NSC total
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