Os bancos Bradesco, Santander e HSBC, três das mais de 40 empresas que participaram do movimento “não demita”, foram condenados por demitirem funcionários em plena pandemia de Covid-19. O manifesto assinado em 2020 tinha o objetivo, justamente, de preservar empregos diante de um cenário de crise sanitária e econômica.
Ao menos outros 15 processos contra as instituições seguem no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª e 2ª Região, segundo informações do site Poder 360.
O Bradesco foi condenado em 1ª instância a pagar indenização por danos morais a um funcionário demitido em novembro de 2020. A decisão, contudo, foi anulada pela 18ª Turma do TRT2, com a justificativa de que “não há nos autos qualquer comprovação de promessa efetiva e clara” do compromisso de manter o quadro de funcionários neste período.
Em outro processo, o banco teve um parecer desfavorável, após a 5ª Turma do TRT1 conceder uma liminar para cancelar a demissão e ordenar a reintegração de um funcionário demitido em outubro de 2020.
O mesmo aconteceu com HSBC, que também deverá contratar novamente o empregado.
Já o caso do Santander é mais grave. Segundo o sindicato dos bancários de São Paulo, cerca de 200 funcionários foram demitidos até junho de 2020. Dois meses antes, o banco tinha se comprometido a não demitir ninguém enquanto durasse a pandemia.
Apesar das demissões, as instituições financeiras seguem com alta no lucro, registrando um aumento de 63,1% no primeiro trimestre de 2021. (Fonte: G1).