Sindicatos estão cobrando um protocolo único, exames, vacinação, sem cobranças de metas e maior responsabilidade dos bancos
Para a categoria voltar às agências, o funcionário tem que passar por exames médicos antes do retorno. A Fenaban reconhece que o momento requer prudência, mas não pratica isso. A situação mais grave é no Santander que anunciou o retorno de 80% de seu quadro de funcionários ao trabalho presencial. A Conferência defendeu ainda um protocolo único para todos os bancos, com os mesmos parâmetros, reivindicação levada à mesa de negociação.
Situação ainda é crítica
Segundo sindicalistas, as medidas de prevenção precisam continuar nos bancos, em função da situação complicada da pandemia. Temos no país, uma média que beira 1 mil mortes diárias, a vacinação é lenta e desigual. Segundo especialistas da Fiocruz a lentidão na imunização faz com que tenha de haver pelo menos 80% de imunização completa na população e só temos 23%. E, mesmo com a vacina, que reduz a gravidade e o risco de morte, pode haver o adoecimento.
Imunização dos bancários
Ainda o movimento sindical ressalta que é muito importante a vitória dos trabalhadores pela inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, garantido após muita pressão dos sindicatos, mas criticou o fato de que, em muitos estados e municípios, a vacinação sequer começou, como é o caso São Paulo.
Metas adoecem
Mesmo diante da maior crise sanitária que o país e o mundo passam, as metas absurdas continuam a todo a vapor, o que gerou mais LER/Dorts com o home office improvisado, que foi necessário para proteger as vidas, mas o bancário trabalha, muitas vezes, em situação insalubre, com o notebook no colo, na mesa de refeições, o que elevou as doenças ocupacionais físicas e os problemas psíquicos na categoria, situação agravada pelos temores de ser demitido, do vírus e da morte.
Sequelas preocupam
Outra preocupação apontada pelos dirigentes sindicais são as sequelas da Covid-19. Estudos comprovam que mesmo com sintomas leves, o vírus deixa sequelas, especialmente problemas neurológicos, cardíacos e de memória. Muitos bancários estão voltando às agências com sequelas, impactando na saúde e no desempenho da atividade profissional e a situação se agrava em função das metas, com ameaças de descomissionamento e demissões. (Fonte: Seeb/SP.).