Em outubro de 1929, a Bolsa de Nova York desmoronava e jogava os EUA em uma crise financeira profunda, de proporções mundiais, que ficou conhecida como ‘A Grande Depressão’. No ano de 1938, o maior herói dos quadrinhos, o Superman, era lançado como uma junção de tudo que a sociedade americana carecia após à grave recessão: força, coragem e esperança, além de uma pitada de contestação política.
De forma semelhante foi originado o bitcoin. Os primeiros registros da criptomoeda aconteceram em meados de 2008, quando um usuário chamado Satoshi Nakamoto, psudônimo usado pelo o autor ou autores da moeda, publicou em um fórum o arquivo “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”. Em janeiro de 2009, houve o primeiro registro de mineração (processo que gera novos bitcoins).
Na época, o mundo passava pela maior recessão econômica desde a Grande Depressão, devido ao estouro de uma bolha imobiliária nos EUA. O mercado acionário foi duramente afetado e novamente ações de empresas viraram pó, bancos quebraram e milhares perderam as economias – ou seja, o sistema financeiro tradicional entrou em colapso.
A criptomoeda, assim como o famoso personagem dos quadrinhos, veio para suprir as demandas da sociedade e a então desilusão com os agentes econômicos tradicionais. Desta vez, não mais por um herói imaginário, mas por meio de um projeto de sistema financeiro alternativo e descentralizado.
“O processo de aumento de confiança em relação ao bitcoin é um fator que é muito aderente a como a sociedade vê as finanças hoje”, explica Guilherme Quintino, country manager da SatoshiTango Brasil, exchange de criptomoedas. “Aos poucos vamos entendendo que existem outras maneiras de gerir as finanças, que não aquela em que a moeda é controlada por um órgão intermediador.”
A valorização expressiva em um curto período atraiu cada vez mais investidores para a criptomoeda. Contudo, após o pico, em maio deste ano o bitcoin registrou a segunda maior queda mensal desde meados de 2012, com uma desvalorização de 35,28%. Fonte: Einvestidor.