Nesta terça (26) e na quarta-feira (27), os representantes da centrais sindicais entregam aos candidatos à presidência do Senado, em Brasília, a pauta emergencial da classe trabalhadora de combate à crise e à pandemia.
No Senado, a disputa gira em torno da senadora Simone Tebet (MDB-MS) e Rodrigo Pacheco (DEM-NG). Este, apoiado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e pelo presidente Bolsonaro. A eleição vai ser em 1º de fevereiro.
“Lutamos pela vida, pela saúde, pelo emprego e renda e pela solidariedade às populações socialmente mais vulneráveis neste período de pandemia”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
A agenda contém 5 itens e já foi entregue aos candidatos que disputam a presidência da Câmara. Eis a pauta na íntegra:
1) Vacina já para todos. Exigir um plano nacional de vacinação, universal e público, estruturado a partir do Programa Nacional de Imunização do SUS (Sistema Único de Saúde), integrando e articulando os entes subnacionais (estados e municípios) e o setor privado, num esforço coordenado para uma execução segundo as prioridades estabelecidas pelo setor de saúde.
2) Manutenção do Auxílio Emergencial e Proteção dos Empregos/Salários. Prorrogar durante a pandemia o Auxílio Emergencial de R$ 600 e as medidas para pagamento dos salários dos trabalhadores com contrato suspenso ou com redução de jornada de trabalho.
3) Mais empregos. Articular e implementar medidas com o objetivo de gerar empregos e renda para os milhões de desempregados. Essas medidas devem incluir: a retomada das milhares de obras paradas; a recuperação imediata dos investimentos públicos em infraestrutura econômica e social e mobilizar investimentos privados; apoiar as micro, pequenas e médias empresas; usar o poder de compra governamental para estimular atividade produtiva e gerar/proteger empregos; recuperar e fortalecer o Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda para fazer intermediação de mão de obra, formação profissional e ampliar a proteção do seguro-desemprego; apoiar as inciativas da economia solidária, do cooperativismo e da agricultura familiar; apoiar medidas de prefeituras e governos estaduais para gerar empregos de emergência com proteção social.
4) Campanhas de solidariedade. Diante da gravidade da crise e dos desmandos do governo federal, é fundamental que toda as entidades sindicais mantenham as campanhas de ajuda solidária, em especial aos mais necessitados, assim como coloque sua estrutura a serviço do sistema nacional de vacinação em cada localidade.
5) Fortalecimento da organização sindical e da negociação coletiva! Recuperar a capacidade de atuação da estrutura sindical, inovando na organização, formas de luta e nas proposições, para uma atuação condizente com os desafios decorrentes das mudanças no mundo do trabalho, com entidades representativas, com ampla capacidade de negociação e saudável sustentação. (Fonte: Diap).