A aposentadoria é algo almejado por milhares de trabalhadores, que contribuíram seu tempo em boa parte da vida para terem direito a se afastarem dessas tarefas e terem uma rotina mais tranquila, diferente do que fizeram por mais de 30 anos. Mas, essa mudança de vida pode causar problemas físicos e mentais, como a depressão, que é capaz de afetar o cérebro de pessoas aposentadas de diversas maneiras, impactando tanto a estrutura quanto a função cerebral. (Por Gabriela Giordani)
De acordo com especialistas, a melhor forma de evitar esse diagnóstico, é fazer mudanças sutis no início, pois quando são feitas de forma abrupta, podem afetar qualidade de vida e o bem-estar do indivíduo. Uma explicação para entender como a depressão afeta os aposentados é por causa da diminuição do volume de certas áreas do cérebro, como o hipocampo (envolvido na memória e aprendizado) e o córtex pré-frontal (responsável pelo raciocínio e tomada de decisões).
Além disso, pode afetar a comunicação entre diferentes regiões do cérebro, prejudicando a capacidade de processar emoções, regular o humor e manter o foco.
Entenda como a depressão atinge aposentados
Quando pensamos em depressão, as vezes só focamos nos sentimentos, mas ela é capaz de desregularizar neurotransmissores como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, impactando diretamente na regulação do humor, do sono e do apetite. Dependendo da gravidade, pode desencadear um processo inflamatório no cérebro, que pode danificar as células nervosas e contribuir para o declínio cognitivo.
Por isso, é importante notar a mudança de comportamento dos aposentados aos seu redor, caso demonstram tristeza persistente, perda de interesse em atividades antes prazerosas, fadiga e falta de energia em excesso, dificuldades para dormir, alteração de apetite, dificuldade de concentração e memória, assim como demonstração de sentimentos de culpa e inutilidade, que podem gerar até pensamentos suicidas.
Ao perceber que precisa de ajuda, é fundamental procurar ajuda profissional, pois com o tratamento, que pode incluir terapia e medicação, isso ajudará a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Fonte: Diário do Comercio
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