Imagem mostra área de autoatendimento lotada de uma unidade de negócios do Bradesco em Pirituba SP
O Sindicato dos Bancários de São Paulo recebeu denúncias apontando que o Bradesco segue transformando muitas agências em unidades de negócios – o banco contava com 768 UN´s até o terceiro trimestre de 2024. Esta mudança está gerando transtornos e reclamações, pelos seguintes motivos:
“O Bradesco quer fazer negócios, mas não respeita os clientes. Quando eu trabalhava como caixa, a agência abria mais cedo, e eram servidos café, chá e biscoitos aos aposentados, que hoje se queixam dessa situação lastimável”, relata Lena Sirino, diretora do Sindicato e bancária do Bradesco.
As reclamações se intensificaram também por causa da terceirização dos autoatendimentos. Esta medida, além de ter provocado a redução do número de empregados, também resultou na redução do horário de funcionamento do próprio autoatendimento. Como exemplo, o autoatendimento só funciona até as 18h na agência 1416, que foi transformada em Unidade de Negócios. A UN está localizada em uma avenida movimentada em Pirituba.
Bradesco fecha agências e demite
Segundo o balanço do Bradesco divulgado em outubro, a holding encerrou o terceiro trimestre de 2024 com 84.018 funcionários (sendo 72.709 do banco), com fechamento de 2.084 postos de trabalho em doze meses (e queda também de 693 no trimestre).
A base de clientes cresceu em 0,7 milhão em relação a setembro de 2023, totalizando 108,7 milhões.
Em relação à estrutura física, foram fechadas 399 agências, 734 postos de atendimento em 12 meses (155 agências, e 219 postos de atendimento e 41 unidades de negócios foram fechadas em relação ao trimestre imediatamente anterior).
“Com o fechamento de agências e o corte de postos de trabalho, o Bradesco precariza o atendimento aos clientes e as condições de trabalho, ao mesmo tempo em que aposta na tecnologia, que não supre o atendimento humanizado e que nem todos têm conhecimento para utiliza-la. O banco visa apenas o lucro, agindo com indiferença principalmente às necessidades físicas, à privacidade e à segurança dos idosos, que também pagam tarifas, compram produtos bancários e fazem consignados. Este cenário evidencia não só a negligência com os cliente, mas também o desrespeito e a falta de responsabilidade social”, afirma Lena Sirino. (Fonte: Seeb SP)
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