Em uma pesquisa realizada pelo Infojobs, 86% das mulheres afirmaram crer que a maternidade é vista de forma negativa no mercado de trabalho. Além disso, 41% das mulheres admitiram ter receio de contar ao superior sobre uma gravidez. E 43% contaram já ter sofrido algum tipo de preconceito ou descredibilização durante ou após a gestação.
As respostas evidenciam um cenário preocupante, segundo Ana Paula Prado, CEO da empresa em tecnologia para RH, e destacam a necessidade de adaptações nas empresas.
— A persistência de estereótipos de gênero e o preconceito no local de trabalho é evidenciada por esses dados, reforçando a urgência de implementar políticas claras e fornecer treinamento para os colaboradores sobre os direitos das mães — diz Ana Paula Prado: — A maternidade não deve ser vista como um fator limitante para o crescimento profissional das mulheres, e é fundamental que as empresas apoiem a diversidade de papéis familiares para criar ambientes de trabalho inclusivos.
Das mulheres que responderam à pesquisa, 52% são mães ou responsáveis pelos cuidados de uma criança. Destas, 74% deixaram ou ao menos pensaram em largar o trabalho para cuidar dos filhos.
Reverter o cenário
Na pesquisa, 87% das mulheres apontaram como medidas a ampliação da licença-paternidade e o engajamento das figuras masculinas na responsabilidade com os filhos como passos cruciais para combater esse preconceito enraizado. Ana Paula Prado acrescenta como papeis das empresas:
— É importante destacar a necessidade de ser um agente na promoção de uma cultura organizacional inclusiva, até mesmo inspirando pelo exemplo, nas lideranças femininas que são mães, e mostram a valorização e respeito a maternidade, por isso gravidez e a parentalidade deve ser colocada em foco, mas não como obstáculos ao avanço na carreira — pontua. (Fonte: Extra).