Em pouco mais de um ano de crise, entre janeir de 2023 e fevereiro de 2024, a Americanas demitiu 10.435 funcionários, quase um quarto de sua equipe, e fechou 132 lojas. Os dados constam dos últimos relatórios divulgados pelos administradores judiciais da empresa, o escritório de advocacia Zveiter e a empresa Preserva Ação.
O quadro de trabalhadores sob regime de CLT passou de 43.123 pessoas, em janeiro de 2023, para 32.248, no mesmo mês de 2024, o que corresponde a um corte de 13.875 empregados. Em 18 de fevereiro, o dado mais recente disponível, esse número passou para 32.688 colaboradores, e o balanço de demissões caiu para 10.435.
O total de lojas, entre janeiro de 2023 e o mesmo mês de 2024, passou de 1.880 para 1.754, numa queda de 7% – o que corresponde a 126 pontos de venda. Em fevereiro deste ano, o número de pontos comerciais era de 1.748, correspondendo a 92,8% do total existente no período anterior à crise, o que eleva o total de fechamentos a 132.
Em janeiro de 2023, a Americanas divulgou a ocorrência de distorções em suas demonstrações financeiras, mais tarde assumidas como fraudes, de R$ 25,2 bilhões. No mesmo mês, a varejista entrou em recuperação judicial, com dívidas estimadas em R$ 42,5 bilhões.
No comunicado que acompanha o balanço parcial de 2023, divulgado nesta segunda-feira (26/2), a Americanas menciona o fechamento das lojas. Ela cita que 99 pontos de venda foram encerrados entre janeiro e setembro do ano passado, período abrangido pela demonstração dos resultados financeiros.
A empresa observa que as vendas brutas na comparação entre os mesmos pontos de venda caíram 2,9% nos primeiros nove meses do ano passado. Mas o resultado melhorou ao longo do ano, atingindo um crescimento de 3,6% no terceiro trimestre do ano passado.
“Esse resultado se deve em parte ao trabalho de otimização do nosso parque de lojas, com o encerramento de 99 unidades que não apresentavam rentabilidade adequada e redução de aproximadamente 49 mil metros quadrados de área”, diz a análise da empresa.
A Americanas acrescenta que a redução do número de estabelecimentos ocorreu em todas as regiões do país, sendo mais concentrada no Sudeste, região com o maior número de unidades da empresa. “Um ponto a ser destacado é que aproximadamente 70% das lojas fechadas estavam localizadas em cidades nas quais o grupo possuía mais de uma unidade”, diz o texto.
Fonte: Metrópoles
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