Santa Catarina possui 47 municípios em alto risco de transmissão de dengue, segundo o boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa) de 2024, divulgado na última sexta-feira (23). De acordo com o documento, em 2023, foram registrados 41 municípios que apresentavam os mesmos índices da doença no Estado.
O relatório revela também que 69 municípios apresentam médio risco e 34, baixo risco. Esse números servem para ajudar a entender o cenário de transmissão das arboviroses no Estado.
Entre as cidades consideradas infestadas pelo mosquito Aedes Aegypti, foi necessário realizar o levantamento para a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de focos, assim como criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, chikungunya e zika.
Santa Catarina já registra dez mortes por dengue em 2024. Desses, sete casos ocorreram em Joinville, Araquari (1), Itajaí (1) e Itapiranga (1).
Neste ano, já foram registrados 17.696 casos prováveis de dengue em 177 cidades de Santa Catarina. Também foram identificados 12.885 focos do Aedes aegypti em 215 dos 295 municípios. A alta em números de casos confirmados e mortes fez com que oito cidades de Santa Catarina decretassem situação de emergência pela doença: Florianópolis; São José; Balneário Piçarras; Coronel Martins; Penha; Itapiranga; Araquari; Joinville.
Na última quinta-feira (22), o governo de Santa Catarina publicou o decreto que institui situação de emergência em todo o Estado, em razão do aumento de casos e mortes por dengue.
Em 2024, um total de 155 municípios foram orientados a realizar o LIRAa. Entre eles, apenas Apiúna, Itajaí e Penha não realizaram a atividade devido ao aumento de casos de dengue. Esse é um cenário que já indica um alto índice de infestação. Nesse caso, as cidades acordaram com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) a não realização da atividade.
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Já os municípios de Canelinha e Trombudo Central não realizaram a atividade. Portanto, a atividade do LIRAa de 2024 foi realizada por 150 municípios.
O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa) fornece informações referentes a quantidade e o tipo de recipientes inspecionados, ou seja, locais que apresentam água, e que servem como criadouros para reprodução do mosquito.
Foram inspecionados 148.318 depósitos, o que representa um aumento de 17,7% em relação ao LIRAa de 2023, quando foram inspecionados 126.003 depósitos. Do total de objetos inspecionados, 39% era de recipientes móveis, como pratinhos de plantas e baldes, seguidos por 30,1% de lixo e sucata e os recipientes fixos como calhas e piscinas com 14,8%.
Fonte: NSC total
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