O escândalo sobre o rombo na Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial, completou um ano este mês. Apesar das coisas estarem caminhando para uma resolução com os credores, muitos setores foram prejudicados por conta da fraude no balanço da companhia. Um deles foram os fundos de pensão do país, que perderam R$ 956 milhões.
O prejuízo foi causado devido a exposição dos fundos à Americanas por meio dos títulos de dívida e/ ou ações da companhia, já que a empresa tinha uma boa reputação.
O órgão do governo federal que supervisiona estes fundo, chamado Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), estima que a perda, no entanto, poderá ser reparada em pelo menos 60% se o cumprimento do plano de recuperação judicial seguir adiante.
A Americanas obteve a aprovação dos credores do seu plano de recuperação judicial, que inclui uma injeção de R$ 12 bilhões dos três bilionários e acionistas de referência em dezembro de 2023.
Com as novas adesões, a varejista obtém uma parcela significativamente superior a 60% de sua dívida.
Contudo, mesmo com os desdobramentos dos acordos junto aos credores, a Americanas não conseguiu se recuperar da forte queda das ações desde janeiro do ano passado.
De acordo com o Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, a companhia não achou ainda um ponto de equilíbrio em sua operação para fazer um lucro adequado. Soares diz que “a companhia vem sobrevivendo em cima de aporte, e a gente vê essa solução como muito difícil”. (Fonte: Money Times).