Os juros altos cobrados pelos bancos têm feito o brasileiro recuar na procura por empréstimos. Em julho, houve queda de 2,4% na comparação com junho e de 10,9% ante julho de 2022. O recuo na procura por crédito é de 12,3% ao longo de 2023 e no acumulado de 12 meses, de 14%.
É evidente que a retração é reflexo da política de juros no país. Apesar do corte da Selic para 13,25% ao ano, em agosto, foi muito pouco. O Banco Central precisa reduzir de forma que realmente promova melhorias para a população, sobretudo porque a taxa afeta diretamente o comportamento dos juros cobrados pelos empréstimos oferecidos às pessoas físicas. A Selic alta dificulta o crédito, o consumo e investimentos no país.
O Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito, da Serasa Experian, ainda apontou que o recuo na procura por financiamento no acumulado dos últimos 12 meses foi maior entre pessoas com renda de até R$ 1 mil. Queda de 15%, enquanto as com renda superior a R$ 10 mil apresentaram retração de 11,5%.
Em sete meses, o nível de endividamento do brasileiro caiu pela primeira vez e chegou a 78,1% das famílias em julho, de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O Desenrola Brasil, criado pelo governo para que os consumidores renegociem dívidas e limpem o nome nos cadastros restritivos de crédito, foi apontado como um dos fatores para a diminuição.
Fonte: Money Times
Notícias: FEEB-SC