Conforme promessa de campanha, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer substituir a política da Paridade Internacional criada pelo então presidente Michel Temer (MDB) para garantir preços mais baixos dos combustíveis para o mercado interno. O anúncio foi feito pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista ao jornal O Globo, publicada na sexta-feira (12).
O executivo rebateu as afirmações de defensores da privatização da estatal que afirmam ser a venda da empresa, a saída para redução dos preços nas bombas dos postos de gasolina.
“A Petrobras vai ser sempre a melhor opção de preço”, destacou na entrevista.
Paul criticou os governos Temer e Bolsonaro que, segundo ele, “como não conseguiram vender a Petrobras, fatiaram a empresa, vendendo as refinarias”, com o falso discurso “de que ser do Estado é ruim”, declarou, criticando a venda da BR e de gasodutos.
Na entrevista, Jean Paul defendeu o fim da Política de Preço de Paridade Internacional (PPI), que torna o preço da gasolina e do etanol suscetível ao câmbio, com a variação do dólar e o preço internacional dos barris de petróleo, o que fez a alta nas bombas explodirem no Brasil nos últimos anos, influenciando na elevação da inflação e, por conseguinte, no alto custo dos produtos nos supermercados.
A ideia é praticar preços menores, sem perder de vista o mercado externo, os ganhos da empresa e os dividendos dos acionistas.
“Um país autossuficiente em petróleo e praticamente também em refino não pode estar na mesma situação que o Japão, que não produz uma gota de petróleo”, comparou, criticando o atual modelo de preços dependente do mercado internacional definido em Roterdã, na Holanda.
Até de nome, a nova política vai mudar e, o mais importante, o maior beneficiado será o povo brasileiro.
“O consumidor vai ter preço inexoravelmente mais baixo que o praticado pela atual PPI”, garantiu o presidente da Petrobras, que vai levar a discussão para os acionistas e o Conselho da Petrobras. A redução dos combustíveis ajudará, inclusive, a conter a alta da inflação, repercutindo nos preços dos alimentos. (Fonte: Seeb/Rio).